quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Zero. Rua dos bobos.
Número que representa o nada,
o "sem ter", um zero à sua própria esquerda.
Sozinho, imagina-se o vazio,
o nada enigmático e sartrianamente presente;
aquele que nos leva às respostas,
que nasce dos questionamentos do ser inconsciente,
predando os pensamentos prementes e implacáveis.
Não o vemos, não o tocamos.
Zero, simplesmente ele ali,
correspondendo à conotações de
erro, incapacidade, medo, tristeza.
Figurativo, o zero permanece
em meio às agruras do tempo, ou quando o ser vazio
e desprovido de questionamentos,
faz-se árvore morta e desprezível.
Zero: Rua dos bobos, número vazio...
Conjunto vazio, quando cortado ao meio;
balão ao vento do papel recém escrito,
quando tracejado na raiz, pintado em seu interior.

Nenhum comentário: