terça-feira, 25 de agosto de 2009

Ode à primavera.

Chegaste quase, ó honrosa e doce primavera inefável.
Sinto seu cheiro permeando as torrenciais chuvas que tornam
o dia tão chato quanto é este meu coração diluviado que vos fala.
O queimor simples e manso que trazes é a salvação celestial
para os desalmados corredores do frio cinzento que habita o céu lá fora.
O vento, o silêncio, os pingos na calçada, nada é mais belo
que o início da vida nas árvores, muros e encostas dantes tórridas.
Eu sinto sim, cheiros mil, flores inundando os sonhares acordados,
os pesadelos infinitos que, num rompante da madrugada, acolhem-se
auspiciosamente na tua breve morada abrupta, de um novo coração trimestral.
Chegue logo, ó divina cor laranja que o sol insiste em pôr no raiar do dia;
Venha insípida e doce, transtornados pelo calor, pela vida que ascende,
pelas cortinas que acendem o flambejar do dia intenso e sudoréico,
mas lindo e cheio de rompante de vida.
Espero-te, ainda com uma leve e prévia saudade da brisa fúnebre,
que neste inverno fez-me pensar em ti tão premente.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Here comes the weekend.

Aí vem a boa nova, a andar calma pelos campos vastos de alguma coisa ainda imatura e tenra.
Sou eu quem cavalga num galope doce e cheio de lombalgia de outros tempos.
As nuvens não mais habitam o céu, meu coração tilinta e pulsa por ele próprio.
- Ah, como é bom o gozo de estar e ser novamente o eu dantes esquecido e despedaçado de outrora!
Sim, é "sol de primavera, que abre as janelas do meu peito", pois
"quando entrar setembro", essa boa nova sempre permeará os meus campos cheios de ternura e sonho.
"here comes, here comes the weekend..."