Chegaste quase, ó honrosa e doce primavera inefável.
Sinto seu cheiro permeando as torrenciais chuvas que tornam
o dia tão chato quanto é este meu coração diluviado que vos fala.
O queimor simples e manso que trazes é a salvação celestial
para os desalmados corredores do frio cinzento que habita o céu lá fora.
O vento, o silêncio, os pingos na calçada, nada é mais belo
que o início da vida nas árvores, muros e encostas dantes tórridas.
Eu sinto sim, cheiros mil, flores inundando os sonhares acordados,
os pesadelos infinitos que, num rompante da madrugada, acolhem-se
auspiciosamente na tua breve morada abrupta, de um novo coração trimestral.
Chegue logo, ó divina cor laranja que o sol insiste em pôr no raiar do dia;
Venha insípida e doce, transtornados pelo calor, pela vida que ascende,
pelas cortinas que acendem o flambejar do dia intenso e sudoréico,
mas lindo e cheio de rompante de vida.
Espero-te, ainda com uma leve e prévia saudade da brisa fúnebre,
que neste inverno fez-me pensar em ti tão premente.
Estranha.
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Hoje acordei com vontade de conhecer um estranho e me entregar a ele.
Justamente por saber quão boa anda minha vida, gostaria de entender o
porquê de um pe...
Há 13 anos