quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

(Re)inventar.

Meus pés trilham a estrada que corro.
Solto-me pelo ar, vendo o horizonte intenso,
denso como minha pele negra,
como meus olhos coloridos
e cheios de esperança por tudo que virá.
Essa é a vida que construo a cada dia,
de tijolo em tijolo e argamassa quartzolit.
Não a quero muito sólida pois,
se em algum tempo, ela ficar pequena demais,
quero edificá-la e edificar-me outra,
maior e do jeito que me caiba em outra época.
É assim que espero viver, pelo que me vejo viva ainda
em espaço e tempo infinitos: nunca morrer-me,
sempre crescer-me, mudar-me para caber-me inteira
em chão, casa, terra, ar e coração.

"How I wish, how I wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl,
Year after year,
Running over the same old ground.
What have we found?
The same old fears
Wish you were here"

Wish you were here, Pink Floyd.

2 comentários:

S. disse...

"nunca morrer-me,
sempre crescer-me, mudar-me para caber-me inteira
em chão, casa, terra, ar e coração."

Adorei ler isso!

Pedaço de Rio, São Francisco no chão... disse...

:)

lembra-se de que eu falei aqui um dia de que eu só escreveria em ênclises???

acho que estou ficando boa nisso... hehehehehehehe.

obrigada sempre, sarinha. vc é a única alma penada que roda esses cantos bloguísticos do meu planet(a).

=]