É pequenininho, bem miudinho mesmo. Um monte de ós, és e til misturados em um bando de consoantes separadas por espaços e parágrafos. É um texto, ou pelo menos quer sê-lo. É uma autoexplicação sem licença. Nada de mais, só para dar-te embrulhadinho num envelope virtual de email, por ser 'inorkutável'. É pra dizer alguma coisa que nem ele mesmo sabe o quê. Quer dizer, mesmo gaguejado, ele pretende começar uma hora. Ou uma hora de um dia qualquer. É pequeno, já disse, mas quer ser dado, ser dardo, mesmo com inveja da flecha. É uma tentativa de levar-te bons fluidos, bons ares, bons cheiros e tilintares ao ouvido; é um mix de sorvete da cubana com a batata frita feita na manteiga da minha avó: bem baiano mesmo; é um sorriso virtual, pra você ler nesse texto como se fosse a tela do filme matrix; é um abraço forte, apertado, sincero e bem-vindo, providencial nos dias de saudade; é aquela conversa sobre o cd novo de zeca baleiro, sobre o livro de putaria de joão ubaldo, uma viagem fubenga de reveillón, os perrengues do carnaval e o 'buraco' na casa dos outros. Ele quer ser o riso bobo de besteiras proferidas enquanto silvinha serve aquela antarctica gelada de dois reais. Ele quer ser aquela empolgação que leva a gente pra um monte de lugares diferentes, em bairros diferentes, à procura de movimento, badalação e cerveja gelada nas noites de fim-de-semana. Ele também é pra dizer que saudade é aquilo que fica daquilo que não ficou. E deixou aqui um tanto, levou um pouco, troca-se virtualmente a cada dia algum outro tanto.
Esse é meu presente para Ana. Pode até ser que algum dinheiro do mundo e tortura pudessem comprar e arrancar mais bonito, com a escritura manunscrita de algum Saramago. Mas, o que importa pra ele é a vontade dele de ser tudo isso que ele te deseja.
Feliz Aniversário.
Um comentário:
E Ana fica lá, cheia dos seus 22 anos e dos seus desejos de felicidade.
Ah, nada como os desejos de felicidade...
Obrigada, querida!
Postar um comentário