Olá, voltei. Após tantas mil páginas abertas antes desta, reporto-me a algo meio que esquecido nessa atmosfera atordoada que envolve o céu do Rio Vermelho neste instante. É bom voltar ao íntimo, ao seu predileto espaço virtual, com sua cara, com as fotos do Rio e da sombra de quem pisa o seco árido do solo dantes mar. Volto aqui e sinto-me gota, às vezes espessa e muitas vezes imarcescivelmente rala para formar uma superfície espelhada, perdida em alguma fresta de janela ou pedra. Mas, o importante é que volto, volto sempre para relembrar-me, tecer-me, mirar o passado e os sentimentos nos dias que foram atordoados ou simples; de muito riso ou lágrimas... porém, sempre criativos, eu diria! Porque viver é isso mesmo, dorido, instável, bom. Cada dia que volto aos ares cibernéticos das minhas palavras, traço curvas do crescimento interior, num gráfico cheio de sigmóideas e retas infinitas. Isso não tem serventia nenhuma, creio eu, até pq curvas assim são pros espíritos iluminados que aterrissaram nesse planeta. O meu espírito, ainda não pensei sobre ele, se o pusesse em escala alguma, não transcreveria uma ascenção ou decréscimo à primeira vista; penso que faria um círculo, como uma cobra tentando engolir a própria cauda, numa tentativa comestível de renovação contínua. Mas, será mesmo verdade esta leitura de mim? Acho que deva ser por isso que sempre volto, sempre reporto o meu estado momentâneo de renascença, ao vivo, no instante do booooooooom meteórico das reviravoltas descontroladas de mim. Ultimamente, apesar de ter esquecido deste portal para minha consciência, muitas coisas mudaram. E eu não consigo descrevê-las todas, pois são muitas, num espaço muito curto de tempo entre elas, quando perceptíveis. Às vezes, o mundo lá fora não nos deixa ver, não é mesmo?
Então, hoje resolvi escrever como se eu estivesse defronte do diário anual da escala geométrica da minha passagem terrestre. Escrevo-me a mim mesma. Escrevo-me para dentro, mesmo formando palavras aqui fora. E foram tantas as decisões neste fim-de-semana fulgás! Como se isto só provasse que os pensamentos são mesmo, além de à prova de balas, mais rápidos que quaisquer outros corpos em movimento, que o próprio tempo, que o próprio espaço que se move, irremediáveis. Viver é uma loucura. E, realmente, deveríamos antes fazer um teste-drive e escolhermos se realmente gostaríamos ou não de aceitar o desafio.